The Horny Pony Files
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Victor Bertazzo
Victor Bertazzo
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Homeseed of the Valley Empty Homeseed of the Valley

Wed Sep 29, 2021 2:06 am
Faz seis meses que nenhum de vocês dorme sob um teto. Vocês passaram esse tempo atravessando uma região implacável, lutando contra a natureza e se afastando cada vez mais daquilo que vocês conhecem como civilização. Vocês cruzaram rios, florestas e montanhas inexploradas. Agora sua jornada está chegando ao fim. A promessa de uma nova vida, uma terra para reivindicar como sua, está finalmente ao alcance de suas mãos, e esta é a primeira vez que vocês todos conseguem vê-la com seus próprios olhos.

Um vale banhado em ouro. Depois de dias avançando por um trecho denso de floresta, as árvores finalmente se abrem. É então que se pode finalmente ver o vale, onde dois pequenos rios escorrem pelas montanhas para formar um terceiro, maior, que descerá para se juntar ao Ëlka em sua jornada até o mar. Ele resplandece à luz do entardecer.

Seus olhos percorrem a extensão do declive. A oeste, uma densa floresta cobre a terra, alimentando-se do rio. Em seguida, um grande campo de grama alta toma conta da paisagem até o fundo do vale, mais a leste.

O grupo admira a paisagem em silêncio, dominados pela emoção de finalmente terem chegado ao seu destino. Os rostos esquálidos dos viajantes estão tomados de sorrisos pela primeira vez em meses. O fim desta provação ainda está distante, mas agora eles finalmente podem vê-lo.

Ao norte, seguindo rio acima além do que vocês podem ver atualmente, está o seu prêmio: uma mina de ferro, acomodada na segurança das montanhas. Seus ocupantes atuais não são humanos ou anões. Eles não são conhecidos por sua justiça ou hospitalidade.

Eles são goblins.

Duas vezes por ano, barcos rudemente construídos navegam rio abaixo, para além do vale e até as áreas mais populosas, onde comercializam seu ferro com gangues de saqueadores sem lei. Eles geralmente não negociam em moedas, mas em gado e escravos levados das aldeias indefesas que se estabelecem muito longe da proteção do jarl.

Como as águas deste vale, o ferro que vem das montanhas goteja para outras terras. Ele se espalha de um clã de bandidos para outro, causando sofrimento e morte por onde passa.

Se a sua caravana tivesse sido atacada por um desses grupos de bandidos durante a sua travessia, não haveria muito o que levar. Você viajou quase sem moedas e com muito pouco em termos de riqueza. Há um punhado de cabras e porcos, claro, e alguns dos rapazes poderiam ter sido levados e vendidos, mas em todo caso teria sido muito trabalho por nada.

A única coisa de valor em toda a caravana não é feita de metal. É uma carta, escrita em tinta preta sobre velino. Ela traz o selo do jarl e afirma que quem quer que livre a mina de ferro da presença de goblins pode reivindicar posse sobre ela e negociar livremente com os outros clãs sob seu governo. Poucas pessoas no grupo sabem ler o que está escrito neste pedaço de pergaminho, mas todos entendem sua importância.

Seu pequeno grupo de doze famílias foi reduzido pela fome, pelo clima austero e pelo apetite das feras. Vocês deixaram Hjolfgard, a capital murada onde o jarl e sua corte governam a terra, com mais de cem pessoas. Agora seus números estão contando um pouco mais de oitenta.

Há apenas duas semanas, quando vocês estavam se preparando para atravessar o trecho de floresta de onde acabaram de sair, o membro mais velho do grupo perdeu sua vida. O velho Björg, como era chamado, tinha pouco mais de sessenta anos de idade. Ele nunca aprendeu a ler ou escrever, mas conhecia de cor antigas canções de tempos perdidos, de quando os gigantes dominavam essas terras e as raças humanas davam seus primeiros passos.

Com sua morte, é como se o grupo perdesse parte de sua memória. Sua voz grave cantando ao cair da noite deixou um vazio em suas rotinas, e nessa ausência existe a estranha sensação de que um tempo está chegando ao seu fim.

Mas enquanto vocês observam o sol se pôr atrás das montanhas no fundo do vale, não podem deixar de sentir um toque de esperança pelo futuro. Amanhã, seu grupo marchará sobre esses campos de grama perene e, em seguida, decidirá como agir a seguir. Será a parte mais suave de sua jornada até este ponto.

O que virá depois disso será o seu teste final. O grupo deverá sobreviver ao inverno, dependendo apenas das poucas provisões que restaram da jornada e de quaisquer mais que conseguirem coletar na floresta outonal, defendendo-se de ataques dos goblins e do flagelo do clima. Suas próprias vidas - não apenas o sucesso desta empreitada - dependem disso. Não há como voltar.

Descreva seu personagem e diga por que você embarcou nessa jornada.


Homeseed of the Valley The_va10
LordHughes
LordHughes
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Homeseed of the Valley Empty Alvis Burnouf

Fri Oct 01, 2021 3:28 pm
Vindo de uma família com uma história de grandes guerreiros, cheia de nomes como Torkell, Tordan, e Torbjorn, a espectativa é que todo novo Burnouf cresça para se tornar um grande guerreiro.
Assim, não surpreende que quando o jovem Alvis Burnouf nasceu, seus pais aparentemente desistiram desse grande destino para ele, e apenas desejaram pelo melhor.
Franzino, sem nenhuma das características físicas impressionantes da maioria dos seus familiares, mas com uma curiosidade sem par, Alvis sempre se interessou mais por perguntar, procurar e aprender do que por lutar e guerrear. Claro, ele tenta ser útil e ajudar no que pode, mas mesmo os caçadores não esperam muito dele, além de ir à frente, não ser notado, e ajudar a localizar presas.
Não que ele não aprecie o tempo que isso o proporciona para importunar os anciões (e, francamente, todos) com infindáveis questionamentos, uma sede insaciável pela "verdade", nunca aceitando respostas velhas e fáceis como "porque sim", ou "é a vontade dos deuses". Não, para Alvis, quase sempre há algo além, algo mais completo, mais inconveniente.

Essa predileção por não aceitar o que todos os outros aceitam como fato sem pensar duas vezes só poderia causar problemas mais cedo ou mais tarde, e foi assim que o rapaz, numa de suas usuais buscas pela verdade, conseguiu a façanha de ser notado por pessoas mais influentes do que gentis, e só não foi morto graças à intervenção de Björg, frequente vítima de sua insensata curiosidade.

Uma casa havia sido queimada, uma família destruída, e todos sabiam que nada mais era do que uma terrível tragédia, um mero capricho momentâneo dos deuses. Todos, é claro, exceto por Alvis, que decidiu investigar o ocorrido apenas pelo prazer de entender o que teria causado o incêndio repentino... e descobriu que havia sido, sim, um acidente. Não o trabalho de um deus ou outro, mas de um homem, agindo com nada nobres motivações, mesmo que sem a intenção de matar ninguém. Ele então, obviamente, compartilhou suas descobertas com todo mundo, ignorando o pequeno fato de que estava acusando um membro de uma família muito próxima ao Jarl. Sábio e experiente, Björg viu a verdade nas palavras do rapaz, assim como o perigo no qual ele havia se colocado. Então o ancião se prostou perante o Jarl, implorou perdão em nome dos Burnouf, e ofereceu os serviços de todo o clã para cumprir uma missão.

E assim, Alvis e sua família se tornaram parte do grupo que iria arriscar tudo no vale da mina. Uma lição foi aprendida, a muito custo, e o jovem, mais do que nunca, sente a necessidade de se provar, e impedir que sua família sofra ainda mais pelo seu descuido. Mais que tudo, ele finalmente entende muito do que o velho Björg vivia repetindo, e se sente pessoalmente responsável pelo silêncio que agora permeia as noites.

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